domingo, 5 de outubro de 2014

Vespa velutina (asiática)

A vespa do momento... uma nova realidade.

A exemplo do que tem vindo a acontecer em várias zonas da Europa, o norte de Portugal, em particular a zona do Minho, tem vindo a ser invadida por inúmeras colónias da vespa velunina (ou vespa asiática, como vulgarmente é conhecida).
Como a protecção civil não tem "dado conta do recado", a população vai usando várias técnicas para tentar destruir o maior numero possível de ninhos.


Por norma, esta vespa não é muito agressiva para o ser humano no entanto, tendo em conta a quantidade de veneno que possui, as suas picadas são muito perigosas e podem ser mortais no caso de serem várias em simultâneo. 
Existem vários casos de pessoas que morreram poucos dias depois de serem picadas por quatro ou mais vespas.
Já foi baptizada de Vespa Assassina!


Portanto... todo o cuidado é pouco!



Como identificar a Vespa velutina
A vespa velutina, também chamada de vespa das patas amarelas, é uma vespa de grandes dimensões.
A cabeça é preta com face laranja/amarelada. O corpo é castanho-escuro ou preto aveludado, delimitado por uma faixa fina amarela com um único segmento abdominal amarelado-alaranjado, o que torna difícil de a confundir com qualquer outra espécie. As asas são escuras e as patas castanhas com as extremidades amarelas originando a designação de vespa das patas amarelas.
O tamanho da vespa velutina varia de acordo com o alimento, o lugar e a temperatura, sendo contudo uma das maiores espécies de vespas.
A rainha pode ter até 3,5 cm, e tem um ciclo de vida de um ano. Entre Fevereiro e maio de cada ano a rainha funda a sua própria colónia (pelo que é designada de fundadora) abandonando a anterior após a fecundação. As obreiras têm um tamanho ligeiramente superior a 2,5 cm. Os zangãos porém podem atingir facilmente os 3 cm.

As vespas atacam as abelhas (e outros invertebrados) para se alimentar, regra geral individualmente. É entre Junho e Novembro que se regista maior pressão de predação, associada ao crescimento dos ninhos pelo que o crescimento exponencial da colónia no verão e outono está associado a ataques a apiários da abelha europeia (apis mellifera).

Os ninhos, constituídos de fibras de madeira mastigadas, têm uma forma redonda ou em pêra com uma abertura semelhante a uma saída lateral, podendo atingir um metro de altura e cerca de 50-80 cm de diâmetro, e são geralmente construídos em árvores altas com alturas superiores a 5 metros. Cada ninho pode albergar cerca de 2 000 vespas (até 5.000 dependendo do seu tamanho) e 150 fundadoras que no ano seguinte poderão vir a criar pelo menos seis ninhos.

Nesta imagem, mesmo estando em espanhol, podem perceber vários pormenores desta vespa, nomeadamente o seu tamanho em comparação a a abelha e a vespa europeia!


A Alimentação da Vespa velutina
De uma maneira geral, as vespas que caçam abelhas, entre outros invertebrados, é com o intuito de fornecerem alimentação proteica para a sua criação. A maior parte das vespas atacam as abelhas individualmente. A excepção vai para a Vespa-gigante (Vespa mandarinia) que ataca as abelhas em grupo e facilmente invade o interior das colmeias.
Quando a população do ninho começa a crescer de uma forma significativa (Junho) até ao seu máximo (Novembro) é quando existe uma maior procura por alimento. É neste período de tempo que os apiários estão sobre uma maior pressão.

Ciclo de vida da Vespa velutina
A partir de Janeiro/Fevereiro, a rainha fundadora começa a construir um ninho primário. Este ninho é cerca do tamanho de 2 “bolas de ténis” e contêm a rainha e dezenas de vespas obreiras. Durante a Primavera o ninho começa a crescer em número de obreiras, sendo o ninho primário abandonando e construído um ninho secundário. Este ninho secundário é definitivo e bastante maior que o anterior. Devido ao crescimento exponencial da comunidade de vespas, a maior parte dos ataques aos apiários é realizado do início do Verão até ao início do Outono. Este período pode ser mais alongado caso haja temperaturas amenas durante o Outono. Ainda no princípio do Outono dá-se a fecundação das futuras rainhas (rainhas fundadoras) e, quando as temperaturas começam a decrescer (Outubro/Novembro), estas rainhas iniciam a sua hibernação no solo. Nesta altura do ano, todas as obreiras morreram e o ninho secundário está vazio.



(Fonte: Ministério da Agricultura, Mar e Ordenamento do Território, DGAV, entre outros. Imagens da internet)